domingo, 26 de fevereiro de 2017

Não há acasos

Hoje estava a pensar, que na vida não há acasos, Fevereiro de 2008 foi o mês que a minha madrinha faleceu vítima de cancro de mama e o meu mundo desmoronou. Partiu feliz porque lhe dei aquilo que ela sempre me pediu, licenciei-me com distinção de mérito e era vê-la regozijar a organizar a minha festa de curso. A sua última festa! Fevereiro do ano passado, essa maldita doença, volta a reiterar na minha família, descobrimos que o meu pai estava com cancro, o meu mundo cai novamente ao chão. Pego na espada e no escudo de Minerva e estamos juntos, pai, na luta! Mais uma vez! Passados meses, a minha avó aos 92 anos, eterna companheira, a mulher mais bondosa, solidária que conheci, teve um enfarte e eu chorei copiosamente, ao vê-la nos cuidados intensivos, cheia de fios, a lutar como um jovem imberbe pela vida. É também em Fevereiro deste ano que sai o meu livro, cheio de profundidade e que a única veleidade é enobrecer o amor. Penso que todos temos um contributo a dar ao mundo, eu tento fazê-lo através da palavra. Tenho muito orgulho nos meus pais, na minha madrinha, na minha avó. Estes últimos anos foram duros, muitas portas fecharam-se a nível profissional, muitos nãos, muitas desilusões amorosas, mas isso é uma pequenina migalha, visto que a saúde é o bem mais precioso. Mormente, tenho muito orgulho em mim e digo-o sem grande vaidade, se nunca desisti no meio deste cataclismo, foi apenas por dois motivos: a fé inabalável que tenho em Deus e o facto de ter o privilégio de ser muito amado. Acredito no Homem, no mundo, que o amanhã será melhor. Tenho o corpo em chagas, mas continuo de pé!

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